Fotogaleria: Um bebé numa mala é só uma das muitas imagens chocantes do êxodo na Síria
17.03.2018 às 18h04










Centenas de de homens, mulheres e crianças abandonaram esta semana a massacrada região de Ghouta oriental, aproveitando a criação de um corredor humanitário. Milhares continuam a tentar fugir como podem, à medida que se aproximam as forças governamentais
O corredor humanitário criado para a retirada de civis tornou-se a última esperança para as centenas de homens, mulheres e crianças que esta semana abandonaram a massacrada região de Ghouta oriental, nomeadamente a cidade de Hamouria.
Apesar da trégua acordada, as notícias foram dando conta de novos bombardeamentos, numa guerra que já levou ao êxodo de milhares - o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) fala na fuga de mais de 12 mil pessoas, só na última quinta-feira.
A pé, carregam o que conseguem, numa corrida contra o tempo, mas as Nações Unidas estimavam esta semana que perto de 400 mil pessoas continuem encurraladas na região, devido ao cerco do Governo, alertando também para a matança de civis que ocorre noutra área: Afrine. A população que resta começa a ficar sem espaço para fugir, à medida que se aproximam as forças governamentais.
Já este sábado, o regime sírio anunciou ter recuperado aos rebeldes duas localidades em Ghouta oriental, enclave dos insurgentes nos arredores de Damasco, indicou uma ONG.
Com o apoio do aliado russo, foram recuperadas as localidades de Kfar Batna e Saqba, numa zona controlada pelo grupo islamita Faylaq al-Rahmane, segundo o OSDH.
Em sete anos de guerra civil, o balanço fala por si: cerca de 12 milhões de sírios foram forçados a deixar as suas casas e estima-se que mais de 400 mil pessoas tenham morrido.