União Europeia pondera reforçar privacidade no Google, Facebook ou WhatsApp
11.01.2017 às 11h22
D.R.
Em causa está o habitual rastreamento da atividade dos utilizadores para traçar o seu perfil enquanto consumidores
Google, Facebook, Skype ou WhatsApp, entre outros, podem passar a ter regras mais apertadas relativamente à utilização de dados dos seus utilizadores na União Europeia, caso venha a ser aprovada a proposta de legislação de reforço de privacidade apresentada esta terça-feira em Bruxelas.
Em causa está o rastreamento da atividade na internet para definir o perfil dos utilizadores e, posteriormente, direcionar a publicidade mais adequada aos diferentes perfis, o tipo de dados que consiste numa das maiores fontes de rendimento para as empresas envolvidas.
O objetivo é que a utilização de cookies, os códigos associados aos web browsers que permitem o rastreamento da atividade dos utilizadores, tenha que ser explicitamente autorizada pelos visados.
“A transparência é importante. As pessoas devem saber se a informação armazenada nos seus dispositivos está a ser acedida ou se o seu comportamento online está a ser rastreado”, foi referido na conferência de imprensa da Comissão Europeia esta terça-feira.
No ano passado, o investimento publicitário online na Europa atingiu os 33 mil milhões de euros e prevê-se que ultrapasse os 42 mil milhões em 2020, segundo dados da eMarketer.
A proposta será agora debatida no Parlamento Europeu. Caso seja aprovada, deverá entrar em vigor em maio de 2018.