Eventual conflito de interesses na ida de Kristalina para o Banco Mundial
30.11.2016 às 16h37
DOMINICK REUTER /AFP / GETTY
A economista búlgara acordou em abril um novo sistema de financiamento que prevê uma contribuição maior da União Europeia para o Banco Mundial, avança o site “Politico”
Kristalina Georgieva só assumirá a liderança do Banco Mundial a 2 de janeiro de 2017, mas a sua ida para a instituição já está a causar polémica. De acordo com o site "Politico", a vice-presidente da Comissão Europeia acordou em abril um novo sistema de financiamento que prevê uma contribuição maior de fundos comunitários para o Banco Mundial, podendo estar em causa um eventual conflito de interesses.
O gabinete de Kristalina não demorou a reagir à notícia, garantindo que a responsável não participou na discussão deste assunto. “A vice-presidente Georgieva não esteve envolvida na negociação do quadro deste acordo com o Banco Mundial. O seu papel foi apenas assinar o acordo final a pedido do Presidente Juncker e respeitando o apropriado nível de representação institucional”, diz o seu gabinete num email.
Foi no final de outubro que Kristalina Georgieva – que chegou a ser candidata a secretária-geral da ONU – anunciou que iria abandonar o cargo de vice-presidente da Comissão Europeia para assumir a direção do Banco Mundial.
Na altura, o executivo comunitário considerou que a sua saída não representava qualquer conflito de interesses, garantindo ainda que a responsável não teria qualquer envolvimento em questões relacionadas com o Banco Mundial até deixar o cargo.