San Bernardino. Atiradora jurou lealdade ao Estado Islâmico
04.12.2015 às 17h35
ALEX GALLARDO/REUTERS
Tashfeen Malik jurou fidelidade no Facebook a Abu Bakr al-Baghdadi, líder do autoproclamado Estado Islâmico. Autoridades descobriram que o casal de atiradores mantinha contactos com suspeitos de terrorismo
Reforça-se a tese de que o tiroteio ocorrido há dois dias no Inland Regional Center - um centro de apoio a doentes mentais em San Bernardino -, teve raízes terroristas. As autoridades norte-americanas descobriram que Tashfeen Malik, uma das atiradoras, prometeu no Facebook lealdade ao líder do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh), Abu Bakr al-Baghdadi.
De acordo com três fontes ligadas à investigação, a cidadã paquistanesa fez o juramento sob uma outra identidade numa conta da rede social. Desconhece-se contudo se o casal terá recibo ordens do Estado Islâmico, embora tudo aponte para que tenha sido um ato isolado.
“Neste ponto acreditamos que eles [os atacantes] ter-se-ão radicalizado e inspirado no Daesh, mais do que propriamente o grupo terrorista tenha ordenado o ataque”, afirmou um dos investigadores, citado pelo “New York Times”.
Apesar das crescentes suspeitas de terrorismo, o FBI afirma que ainda é prematuro tirar conclusões sobre a natureza do crime. “O FBI define o conceito de terrorismo de forma muito específica. A grande questão que nos falta responder é a seguinte: Qual foi a motivação disto?”, declarou à CNN David Bowdich, um oficial do FBI.
Na quinta-feira ficou a saber-se que Syed Rizwan Farook viajou recentemente para o Paquistão, o país-natal da mulher, e que ambos mantinham contactos frequentes com indivíduos suspeitos de estarem ligados a redes terroristas.
Entretanto, a polícia norte-americana descobriu também várias armas, bombas e material explosivo em buscas no apartamento em que ambos viviam em Redlands, assim como numa carrinha alugada pelo casal.
Syed Rizwan Farook, de 28 anos, e Tashfeen Malik, de 27, deixaram a filha, uma bebé de seis meses, na casa da avó pouco antes do ataque, o que leva os investigadores a acreditar que se tratou de um ataque premeditado. Ambos morreram na sequência de disparos por parte da polícia. No total, 14 pessoas morreram e 21 ficaram feridas no tiroteio.