“É preciso voltar a despertar na população a crença de que os políticos representam o povo”
04.12.2015 às 18h00
CRISE. Com quase 85 anos, Fernando Henrique Cardoso diz que nunca assistiu a um período em que a corrupção, “com a bênção do Governo”, fosse tão sistemática
JOSÉ CARLOS CARVALHO
Fernando Henrique Cardoso não nega o papel de consciência crítica que lhe é internacionalmente reconhecido. Está em Portugal para falar do futuro, mas é para o presente do Brasil que olha com grande preocupação. E avisa: é urgente avançar com a renovação da política brasileira
Bem disposto, Fernando Henrique Cardoso, ex-Presidente do Brasil entre 1994 e 2002, eleito sempre à primeira volta com maioria absoluta, recebe o Expresso no dia a seguir àquele em que foi aberto o processo de destituição da atual chefe de Estado, Dilma Roussef.
Veio falar do mundo nos próximos cem anos, partilhar clarividência, a convite da Fundação Champalimaud, onde é curador. Mas as suas preocupações com o seu país são mais urgentes. Tão urgentes que é com muita prudência que prefere falar. Afinal, como disse na conversa com o Expresso, “as palavras de quem tem responsabilidade não podem ser vãs”.
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