Estamos a morrer em câmara lenta
25.03.2015 às 18h00
Chamemos-lhe Jorge. Em 1988, com trinta e poucos anos, comprou um apartamento algures em Sintra recorrendo ao crédito bonificado do cavaquismo. Queria subir na vida, não queria mais conversas com o senhorio, queria cumprir o sonho: ser proprietário da sua própria casa. E assim saiu do velho bairro onde sempre morou e onde tinha a família, a base tocquevilliana de apoio, as redes sociais que interessam, não o Facebook mas as vizinhas em quem se podia confiar as chaves e os miúdos. Dez anos depois, o filho mais velho, João, também comprou uma casa recorrendo do crédito bonificado do guterrismo.
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