Presidencializar ou parlamentarizar?
12.01.2016 às 18h00
A falta de interesse que o país revela por esta eleição presidencial é inversamente proporcional à sua importância histórica. O regime está a mudar à frente dos nossos olhos, mas ainda não conhecemos a meta final dessa mudança: presidencialização ou parlamentarização?
Comecemos pela segunda via. Dois factores contribuíram para o reforço do parlamento: o ajustamento da troika e a gerigonça de Costa. Os anos difíceis do ajustamento criaram a ideia de que Belém conta pouco na nossa relação com os poderes europeus. A relação-chave da nossa vida colectiva (a relação europeia que nos filia ao Euro) está na posse de São Bento, não de Belém.
A percepção de que Belém conta pouco na política europeia é ainda reforçada por um pormenor decisivo na simbologia do poder: o Presidente não participa no Conselho Europeu. Ao contrário do que acontece no semi-presidencialismo francês.
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